Primeiro passo à janela

Há dias refugio-me no quarto de mim
Pés sempre à frente da cadeira frente à janela
Procuro acomodar-me da forma menos pensante
porque, quando penso, os pensamentos confundem-se
parecem misturar-se ao sangue
sem pesares de luz ou escuridão
como se virassem sintomas de uma aflição inócua
de um alívio desesperador e paralisante
que não se resolvem na cama ou nessas linhas tortas
Desse diminuto inacessível ao sol e às pessoas
encontro-me do lado de dentro
sem mais esperar algo do lado de fora.

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